
Como o outro percebe sua mensagem: será que você está se comunicando com assertividade?
Uma comunicação assertiva só é possível quando a mensagem que você quer passar para o outro chega nele sem distorções ou julgamentos. Muitas vezes, essa equação depende da receptividade e escuta do outro, sem dúvida alguma. Mas, na maioria dos casos, ela também depende intrinsecamente da sua autoescuta e capacidade de se fazer entender pelas outras pessoas.
Quando pensamos em comunicação e mensagem, é preciso sempre levar em consideração que, ao nos comunicarmos com outra pessoa, estamos expressando uma mensagem com base no nosso sistema de crenças, que será recebida por outro sistema de crenças – às vezes, completamente diferente do nosso.
Nem todo mundo vê o mundo como você, aliás, quase ninguém vê. Porque a sua visão de mundo parte da perspectiva dos seus sentimentos, necessidades, crenças e motivações, que dificilmente serão idênticas às das pessoas com as quais você convive.
Por isso, devemos estar sempre atentos à perspectiva do outro, ou seja, o olhar do outro e como ele compreende nossa mensagem – seja ela um texto, um discurso ou um diálogo.
Uma comunicação acessível e assertiva é aquela que acessa a verdade do outro, se conecta e constrói relações de desenvolvimento mútuo através de uma troca genuína e humanizada.
Só estamos prontos para comunicar quando estamos prontos para ver as pessoas como seres humanos acima de qualquer coisa.
Já se foi o tempo de falar difícil, com jargões e expressões que só fazem sentido para aqueles que compartilham do mesmo background que nós. As pessoas, especialmente os seus colaboradores, não estão em busca de uma liderança que saiba mais do que eles ou que pareça superior, inalcançável e admirável à distância.
Hoje, os profissionais mais competentes do mercado estão buscando por ambientes em que eles possam ser eles mesmos e estabelecer trocas e diálogos que reconheçam eles por quem são, adaptando a comunicação interpessoal do trabalho às suas verdades, anseios e motivações pessoais.
O profissional que você procura para gerar mudanças significativas na sua empresa e no mercado, atualmente, se identifica com lideranças próximas, claras e transparentes. Ele quer se sentir numa relação mútua de horizontalidade, que respeite além de ser respeitada, e que possa nutrir admiração de ambos os lados.
E o que isso tem a ver com comunicação na prática?
Ao passarmos a enxergar nossos colaboradores como seres humanos, e não máquinas de depósito de informações, consideramos seu background individual e a comunicação se torna adaptável e acessível.
Por exemplo, paramos de falar com leigos da mesma forma que falamos com especialistas; abandonamos os jargões da área para poder trazer os profissionais para mais perto; transformamos a realidade do trabalho – independente da área de atuação no mercado – em parte da vida do nosso time, e não uma realidade paralela.
Quem nunca se viu falando de uma forma dentro da empresa, e de outra forma fora dela? Agora, imagine o quão transformador seria para a sua comunicação, e também para as relações construídas na sua empresa, se todos pudessem ser exatamente quem são dentro do ambiente corporativo.
Abraçar a autenticidade e verdade do outro tem um grande impacto na comunicação e na maneira como as pessoas que trabalham com você recebem e compreendem a sua mensagem.
Portanto, fique com esta reflexão aqui: como você pode, a partir de hoje, ativar a sua sensibilidade, percepção e empatia para aprofundar o seu entendimento do outro e atender às necessidades de cada indivíduo e de cada momento na hora de se comunicar?
Perceba o impacto que essa postura traz para os resultados da sua mensagem e a receptividade da escuta do outro. E caso se sinta à vontade, compartilhe comigo nos comentários qual foi a sua experiência.