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UpLev | by Monica Ferrari

Comunicação autoempática: a mudança que começa de dentro pra fora

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Comunicação autoempática: a mudança que começa de dentro pra fora

A necessidade da comunicação vem sempre de fora: algum diálogo que acaba em desentendimento, uma falha de comunicação que prejudica um resultado, um processo que precisa de alinhamento para gerar mais eficácia, entre outros cenários.

Só somos capaz de perceber ou identificar falhas de comunicação quando a mensagem sai de nós e vai para o mundo, ou quando ela vem de fora para dentro de maneira distorcida.

Mas apesar de ser observada fora, a mudança real da comunicação sempre começa de dentro e, por isso, requer um comprometimento individual. Um compromisso real com a dedicação a melhorar a sua comunicação requer que você assuma a responsabilidade de compreender seus processos e mecanismos internos, escutar seus sentimentos e necessidades, e desenvolver melhores estratégias para comunicar isso para o mundo.

O aprimoramento da comunicação se inicia com a autopercepção, autoescuta e autoempatia. É sobre autoconhecimento que estou falando.

Todo diagnóstico de comunicação deve ter início na análise do remetente, ou seja, começa a partir da autoanálise e da percepção da nossa própria necessidade de mudança, aprimoramento e maturidade interrelacional.

Reflita sobre como e quanto a sua comunicação tem impactado o seu relacionamento com o trabalho em si, com a empresa da qual você faz parte e com os seus pares.

O que a sua realidade hoje diz sobre a sua capacidade de comunicação? Ela tem te trazido os resultados que você gostaria?

Quando não nos colocamos e não expressamos nossa verdadeira voz dentro do nosso ambiente de trabalho, sofremos várias dores que poderiam ser amenizadas: trabalhamos o dobro do tempo, entramos em projetos para os quais não estamos prontos e somos deixados na mão em diversas situações.

Reconhecer que a nossa comunicação individual não tem sido eficaz é o primeiro passo para a transformação – que, consequentemente, vai acabar também por transformar o seu entorno.

Você treina a sua percepção humana e comunicacional ao conseguir perceber a si mesmo, suas forças e fraquezas. Para identificar as necessidades e sentimentos de outras pessoas, você deve começar dominando o diagnóstico dos seus próprios processos internos e do que te leva a ter determinados comportamentos ao agir e reagir em diversos cenários relacionais.

Todos nós possuímos mecanismos pessoais – alguns deles de defesa e ataque – que precisam ser compreendidos a fundo para que uma comunicação mais empática e sustentável seja possível.

Neste artigo, compartilhamos algumas práticas fundamentais para o seu trabalho de autodesenvolvimento dentro da comunicação interpessoal, que pode impactar significativamente a sua vida, sua relação consigo mesmo e com os outros – independente do contexto em que você esteja.

AUTOPERCEPÇÃO

A autopercepção pode te ajudar a entender o seu perfil como comunicador, identificando o que funciona para você de acordo com suas maiores dificuldades na hora de transmitir uma mensagem e, também, seus potenciais.

Ao aplicá-la no seu processo de autoconhecimento, pergunte-se: você prefere se comunicar por texto, mensagens de voz, ligações, reuniões presenciais? O que te deixa mais confortável? Quais são os formatos de linguagem por meio dos quais você melhor expressa suas ideias?

Todas as pessoas possuem particularidades, e é percebendo e contemplando essas diferenças que podemos facilitar o processo de comunicação entre pares ou grupos de pessoas.

AUTOESCUTA

Você não pode ser para o outro aquilo que ainda não é para si mesmo. Por meio da autoescuta, aprendemos a identificar sentimentos, necessidades e motivações na comunicação do outro, escutando a nós mesmos primeiro. 

Quando reconhecemos as necessidades e os mecanismos presentes em nossa comunicação, podemos começar a refletir sobre as estratégias que estamos escolhendo e a efetividade delas dentro de nossos relacionamentos interpessoais. Não podemos ser reféns do nosso perfil socioemocional e deixar que nossos mecanismos inconscientes sejam os responsáveis por determinar onde estamos indo com nossa comunicação.

Aprendendo a escutar a si mesmo de forma compassiva e empática, você será capaz de identificar as crenças limitantes, mecanismos de defesa e outras características inconscientes que estão presentes na forma como você se comunica com as outras pessoas. Assim, você aprenderá também a escutar as necessidades e mecanismos dos seus pares, podendo identificar com mais facilidade o que está por trás de suas palavras e comportamentos. Com esta clareza, você estará capacitado a encontrar melhores estratégias de alinhamento entre as suas expectativas e as expectativas do outro.

AUTOEMPATIA

Somente após acolher as nossas próprias feridas, bloqueios e desafios pessoais, adquirimos a empatia necessária para acolher as outras pessoas.

A empatia é essencial no seu relacionamento consigo mesmo e com os seus pares dentro do time da sua empresa. Pessoas, grupos e times corporativos que sabem se relacionar, se comunicar e colaborar, criam coisas relevantes e transformadoras juntos.

Agora, reflita um pouco mais sobre si mesmo e as barreiras de comunicação que você tem enfrentado hoje no seu ambiente de trabalho… 

Quem são as pessoas que você evita se comunicar dentro da sua empresa? Em que situações você sente este bloqueio? Por que você acha que isso acontece? Já pensou em alguma forma de se conectar com estas pessoas e encontrar algo que possa unir vocês?

Compartilhe nos comentários os seus insights a respeito do conteúdo deste artigo para que possamos trocar experiências e conversar melhor sobre o tema.

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