Comunicação Não Violenta: a empatia profunda como pilar da comunicação corporativa
Se engana quem pensa que a violência é somente física, porque ela também está presente nas nossas palavras e na comunicação.
Não sabemos nos comunicar de forma não-violenta, e com isso quero dizer que não sabemos nos comunicar sem demonstrar nossas expectativas e frustrações.
Nossa comunicação é influenciada por nossos pensamentos e sentimentos sobre as outras pessoas, assim como também é influenciada (negativamente) por nossas necessidades pessoais e expectativas não-atendidas.
Quando nos comunicamos, estamos comunicando nossas necessidades. E se elas não forem atendidas, acho que você já pode imaginar o que acontece, não é? Comunicamos julgamento, frustração, dependência e projetamos nas nossas palavras toda violência que sentimos que foi causada dentro de nós – seja mentalmente ou emocionalmente.
Podemos dizer que a forma como nos comunicamos no dia a dia sem nos darmos conta das mensagens de julgamento que transmitimos é uma violência cotidiana.
E essa violência está extremamente presente no ambiente corporativo. Estamos a todo momento reproduzindo discursos violentos, carregados de julgamento e necessidades não-atendidas, que acabam criando uma atmosfera que, além de violenta, é extremamente improdutiva e desumana.
Somente a partir de uma empatia profunda e de uma comunicação humanizada que transcende a objetividade é possível transformar este cenário.
“A não-violência significa permitirmos que venha à tona aquilo que existe de positivo em nós e que sejamos dominados pelo amor, respeito, compreensão, gratidão, compaixão e preocupação com os outros em vez de sermos pelas atitudes egocêntricas, egoístas, gananciosas, odientas, preconceituosas, suspeitosas e agressivas que costumam dominar nosso pensamento. (…) O mundo em que vivemos é aquilo que fazemos dele” – Arun Gandhi
A COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
É com este propósito que a Comunicação Não Violenta foi idealizada.
A Comunicação Não Violenta ou CNV é entendida por seu criador, Marshall Rosenberg, como uma abordagem sustentada por um conjunto de técnicas de comunicação pensadas e consolidadas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.
Imagine se você pudesse aprender a reconhecer seus próprios sentimentos, necessidades e motivações, balanceando suas expectativas e descobrindo a melhor forma de se escutar e de falar com “o outro” sem projetar em outras pessoas suas questões pessoais e internas. É isso que a Comunicação Não Violenta propõe.
A CNV NO AMBIENTE CORPORATIVO
Agora, tente imaginar a potência da mudança que pode ser desencadeada em um ambiente corporativo a partir da implementação de técnicas da Comunicação Não Violenta.
A prática desta abordagem dentro das empresas é essencial na solução da violência cotidiana e de cenários de conflitos.
Os relacionamentos e laços afetivos que construímos dentro do ambiente de trabalho impactam diretamente a forma como nos relacionamos com o trabalho em si. O que pode gerar um desempenho e performance extremamente positivo ou brutalmente negativo – não só para o indivíduo sozinho, como também sistemicamente para todo o coletivo que pertence à determinada empresa.
Esta abordagem nos ajuda no equilíbrio emocional dentro do ambiente de trabalho, melhorando nossos relacionamentos interpessoais, exatamente como suas teorias propõem, mas tende a ir mais além, transformando completamente a maneira como construímos nossas relações e como nos posicionamos no mundo.
PROFISSIONAIS MAIS HUMANIZADOS
A Comunicação Não Violenta não só é capaz de criar um ambiente seguro que desperta empatia, autenticidade e autonomia, desenvolvendo a compassividade e colaboração em ambientes profissionais. Ela é uma ferramenta de autoconhecimento, crescimento individual e coletivo, e transcende suas técnicas para um novo jeito de ver o mundo e as pessoas.
Se te atrai a ideia de capacitar pessoas, cidadãos e profissionais mais empáticos e humanos, preocupados com a construção de uma sociedade menos violenta e transformadora, prontos para escutar também os sentimentos, necessidades e motivações do seu público, somos especialistas no tema.Talvez a Comunicação Não Violenta seja a abordagem ideal para o treinamento dos colaboradores do seu negócio.
Que tal ao menos tentar? Nos próximos artigos vamos conhecer algumas práticas eficazes para dar início à transformação da sua empresa através da CNV.
